Sabemos que o diabetes mellitus tipo 2 anda de mãos dadas com a obesidade e, há pouco mais de 10 anos, a luta para que o tratamento cirúrgico para o diabetes tipo 2 fosse instituído ganhou força.
Em 2011, a Federação Internacional de Diabetes (IFD) introduziu a cirurgia metabólica nos algoritmos de tratamento do diabetes mellitus tipo 2 como alternativa para pacientes com IMC entre 30kg/m² e 35kg/m², desde que a doença não tenha sido controlada apesar de tratamento medicamentoso otimizado e quando associada a fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Nos anos de 2013 e 2014, a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (ASMBS) e a Federação Internacional da Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), recomendaram a cirurgia para pacientes com diabetes tipo 2, sem controle da doença após o tratamento clínico e mudança no estilo de vida.
Em 2016, aproximadamente 50 associações médicas de diferentes países revisaram as recomendações para o tratamento do diabetes tipo 2 e reconheceram a cirurgia metabólica como opção para o tratamento do diabetes que tenha inadequado controle glicêmico após o tratamento clínico.
Mas foi em 2017 que o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução número 2.172/2017 que estipulou novas regras e ampliaram a indicação de cirurgia metabólica para o tratamento do paciente diabético tipo 2, são elas:
- Paciente com diagnóstico de diabetes tipo 2 e IMC entre 30-34,9 kg/m²
- Idade entre 30 a 70 anos
- Diagnóstico de diabetes tipo 2 há menos de 10 anos
- Indicação cirúrgica precisa ser feita por dois médicos especialistas em endocrinologia
- É necessário um parecer que mostre que o paciente apresentou resistência ao tratamento clínico com antidiabéticos orais e/ou injetáveis, mudanças no estilo de vida e que compareceu ao endocrinologista por no mínimo dois anos
- Não apresentar contraindicações para o procedimento cirúrgico
Fonte:
https://www.sbcbm.org.br/cirurgia-metabolica-e-aprovada-como-tratamento-para-diabetes-tipo-2/